Lembrou dos tempos em que transitava nas ruas do bairro em sua pequena bicicleta. Tão pequena que suas pernas compridas viraram motivo de gozação.
Hoje, dirigindo o carro, pernas amplamente esticadas e braços suspensos no ar para ordenar uma direção leve, sente-se incomodado por ninguém mais ridicularizá-lo.
Ninguém mais o chama pernão, mas doutor qualquer coisa. À noite, uma nostalgia chorosa explode antes de dormir.
Talvez a vontade de voltar a ser feliz, sem compromisso, liberto.
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