Estava escrevendo mais uma parte da dissertação. Lembrei-me que, em outra parte dela, questionava as nuances e convergências das patologias decorrentes das ações e conceitos entre público e privado.
Alguns dos que a leram apontaram um equívoco na utlização dos conceitos de Bobbio na análise da correspondência de Bevilaqua demonstrando corretamente que usava artifícios estranhos e complexos na análise de fontes regualdas estruturalmente de maneira diversa. Eles estão certos. Estava efetivamente equivocado em minhas análises.
Porém, relendo cartas e lendo outras, que encontrei numa das biografias do jurista cerarense, percebo que os conceitos de Bobbio são extemporâneos (que podem ser usados em qualquer tempo) e universais (podem ser aplicados em qualquer lugar). O que preciso fazer, na realidade, é apontar com mais clareza e mais argumentos como o conceito de público e de privado transcendem as relações patronais, destacadas por José Murilo de Carvalho, na República Velha.
Não é fácil. Talvez impossível. Mas, não somos românticos?
Um comentário:
Você tocou num assunto que gosto: Bobbio. Como você falou, Bobbio é sempre Bobbio.
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