Li recentemente uma reportagem que sistematiza os hábitos de leitura do país.
De maneira geral, o leitor brasileiro leria mais ou menos 1,3 livro. A pesquisa ainda detalha o caso excepcional do Rio Grande do Sul onde se constatou que cada habitante daquele estado lê em média seis livros por ano, excluindo-se desse cômputo os livros acadêmicos, profissionais ou aqueles obrigatórios para alguma espécie de seleção.
Um terço dos leitores gaúchos atribui o gosto pela leitura ao incentivo do pai. Outro terço, ao da mãe. Em ambos os casos, os pais liam para os filhos desde a mais tenra idade e o hábito, que para muitos se transformaria numa obrigação, acabou se encaixando no cotidiano da sociedade. Hábito tão importante quanto escovar os dentes, tomar banho, comer, beber água ou dormir.
O hábito da leitura se deve em grande parte ao esforço dos professores aliado à ampla estrutura literária na qual se destacam as feiras do livro que vão tomando conta do interior do estado (a de Porto Alegre completará cinquenta e cinco anos em 2009), as boas bibliotecas, os concursos literários, os projetos educacionais como o Escritor na sala de Aula, editoras próprias e eficiente distribuição.
Quando o resto do país vai acertar essa sorte grande? Quando o Brasil vai se transformar num Rio Grande do Sul?
Nenhum comentário:
Postar um comentário